A Glorificação dos Deuses


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É através do estudo da arte grega que aprendemos a determinar o belo... A beleza é um dos mistérios de que vemos o efeito, que sentimos, mas acerca do qual ninguém conseguiu dar ainda uma ideia precisa. (...) A beleza sem expressão seria insignificante, a expressão sem beleza seria desagradável. (...)
A ideia mais sublime da beleza juvenil encontra-se nas figuras de Baco e Apolo. Devido aos dois sexos que os poetas lhes atribuíam, elas mostram-nos uma natureza mista e ambígua que se aproxima, pelas ancas largas e membros arredondados e delicados, à dos eunucos e das mulheres.



Apolo, cuja suave cabeleira rodeia uma cabeça divina; dir-se-ia que o néctar dos deuses o bafejou e que as Graças lhe dotaram o rosto de um enorme esplendor.
Uma eterna Primavera, como aquela que se vive nos Campos Elíseos, cobre as formas viris na perfeição da idade com uma terna suavidade sobre a altaneira harmonia dos membros. A graça da juventude e a beleza dos anos em flor fundem-se numa só imagem com uma doce inocência e um terno encanto. (...) Os olhos docemente arqueados como na estátua da deusa do amor, mas sem voluptuosidade, exprimem inocência, a boca pequena mas bem modelada sorri para secretas emoções; as faces cheias e graciosas desenham, juntamente com o queixo arredondado, o contorno perfeito desse nobre rosto adolescente.


Hans Joachin Winchelmann


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