
Prepara-te...
Na próxima vez,
vendarei os teus olhos,
atarei as tuas mãos e
tirarás as minhas cuecas com a boca...
Depois
portar-me-ei muito mal contigo,
serei perversa, amor,
porque é o que desejas...
Eva Luna

Gosto de me perder no beijo, esse
que trocamos enquanto irrompe o orgasmo,
gozar com a tua língua perdida na minha boca,
momento quase desesperado
em que pareces perder todo o alento...
Sentir...
tuas mãos perplexas,
tua respiração agitada,
meus gemidos,
teus sussurros...
minhas palavras de amor,
minhas,
tuas,
sensações...
...a nossa particular teia de desejos.
Eva Luna
Foto de Pawel SujeckiAssim que te despesDavid Mourão-Ferreirain Corpo Iluminado XXAssim que te despes
As próprias cortinas
Ficam boquiabertas
Sobre a luz do dia
Os teus olhos pedem
Mas boca exige
Que te inunde as pernas
Toda a luz do dia
Até o teu sexo
Que negro citila
Mais e mais desperta
Para a luz do dia
E a noite percebe
Ao ver-te despido
O grande mistério
Que há na luz do dia
David Mourão-Ferreira nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1927
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Published quarta-feira, fevereiro 22, 2006 by Eva Luna. 

A posição "à canzana" (
canzana é a posição sexual em que a mulher é penetrada por trás pelo seu parceiro, ou algum objecto sexual. O parceiro pode ser tanto vegetal como animal, homem ou pepino - Wikipédia)
consola as pessoas que simpatizam com a promiscuidade e descaramento da espécie canina.
:
Para salvar as aparências a quem sonha com estas práticas, um fabricante norte-americano tem à venda camisinhas para cão, em três tamanhos, adaptados aos usuários de quatro patas. :
O imprescindível contacto das mãos com o "pipi" do animal dá um encanto muito especial a esta inovadora solução profiláctica.
:
As camisinhas podem ser compradas
aqui.

- O que é que te põe pouco à vontade? Diz-me. Preferias outro?
- Não. Estou a pensar no meu marido.
- Ah!
- Com ele não tenho orgasmos. Fode-me, sinto-me zangada.
- Mas é o teu marido. Devias fingir. Como uma puta.
- Sim. Durante meia hora.
Eva Luna
Foto de Bettina Rheims - A minha mãe ensinou-me a nunca me deitar com a cona exposta.
- E as pernas sobre os ombros de um homem?
- Nunca me disse isso. Não penso que ela imaginasse que eu alguma vez fizesse isso.
- Também não tens que foder a pensar na tua mãe.
- Parece-me uma boa ideia.
Eva Luna
Foto de Rayce ConwayO toque seco das palmas das suas mãos foi das coisas que mais fascinaram Constança quando conheceu Henrique naquelas férias, ela na praia a passar duas semanas, ele ali perto, escavando numa área de prováveis vestígios romanos. Ele seguia arqueologia, ela andava na Faculdade de Letras e escrevia poesia.
Não beberam filtros de amor como Tristão e Isolda, mas desejam-se logo, tumultuadamente.
Constança ficara presa de forma irremediável ao ar sombrio de Henrique, à sua sexualidade transbordante, à perversidade do seu sorriso que nunca lhe contaminava os olhos verde-lago, mergulhados nas trevas de enormes pestanas negras que lhe ensombravam a cara de malares um tudo-nada salientes e magra como o corpo de ancas estreitas, por onde gostava de passar os dedos e a língua, lambendo.
Lambendo primeiro as ancas a direito, coladas aos ossos, e em seguida as virilhas com o sabor ácido de um fruto muito maduro mas ácido. Depois os testículos grandes e subidos sobre um pénis moreno, macio, enorme, que a obcecava.
Passaram dias na cama, em cima do tapete do quarto alugado, em cima das cadeiras e das mesas onde deixavam um rasto de esperma, humidades e suores. Só saíam à noite para comerem depressa um refeição com doces e molhos, que devoravam cheios de fome um do outro.
Conduzia-lhe os dedos através do prazer que sentia, os lábios, subindo devagar pelo corpo e pelos orgasmos, tentando ter acesso a uma fortaleza da qual-sabia-nunca mais poder sair. Ficaria do lado das trevas, do negrume de si própria, tacteando por dentro dos seus sentidos e pulsões mais escondidas, que sempre conseguira calar e que desde que conhecera Henrique se ergueram de onde estavam tapadas e pardas.
E toda ela se revolvia em gozo, em carne viva, exposta. Pelo sítio mesmo onde haveria de se perder.
[…]
Maria Teresa Horta
excerto de "A paixão segundo Constança H." , Círculo de Leitores, Lisboa, 1994
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Published sexta-feira, fevereiro 17, 2006 by Eva Luna. 

Após o banho, nua
ainda, o corpo húmido
ao meu encontro, visão,
relembro, cálido êxtase,
os seios entrevistos
no decote frouxo, agora, nua,
toalha molhando-se, ressurgem
após o banho,
fremindo, suave embalo, avidez
de língua e mãos, nua, vens,
perfume, sulcos na pele,
ansiada espera, curvas, a entrega
ao meu olhar, bocas, rosa
túmida, pétala, sucção, espuma,
resplandeces para mim, nua,
após o banho.
Fernando Py
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Published quinta-feira, fevereiro 16, 2006 by Eva Luna. 

Boy George, vocalista do desaparecido Culture Club,
na sua chegada aos Brit Awards em Londres.
Chiquíssima!!
Foto de Jürgen Kirchhoff
de ti nada digo
apenas do meu corpo tangível
corola ou tear
das tuas mãos dulcíssimas
:da tua origem não sei
apenas o que buscas
na olorosa fenda
jubilante e trémula
:conto do teu silêncio
suspenso e transparente
desenlace lácteo
:falo da minha boca
visita do teu corpo
de minha pertença
meu dono
meu homem
:Eva Luna
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Published quarta-feira, fevereiro 15, 2006 by Eva Luna. 

- Estás a tremer. Estás doente?
- Estou excitada e um pouco envergonhada.
- Nunca te tinham masturbado?
- Sinceramente, juro-te que é verdade. Nunca.
- Coitada!
Eva Luna
Erotismo com quinze séculos de antiguidade:Uma jovem observa uma figura representativa da antiga cultura Colima do México que se expõe no Centro de Arte de Colónia (Alemanha.
Diz-se que a menina, no dia seguinte, se divorciou!

Se Michelangelo ("Miguel Angelo") di Lodovico Buonarroti Simoni
tivesse conhecido Matt Damon, a estátua de David seria a mesma?

Homens sobrevalorizam o número de parceiras sexuais
Uma pesquisa da Universidade de Michigan divulgada nesta segunda-feira indica que os homens sobrevalorizam o número de parceiras sexuais. De acordo com o estudo, que explica por que os homens dão números tão diferentes quando interrogados sobre a sua vida amorosa, as mulheres contam o número de parceiros sexuais um a um, e os homens contam por aproximação.
O psicólogo Norman Brown, pesquisador convidado do Instituto de Pesquisa Social da Universidade, desenvolveu vários estudos sobre o tema. Os inquéritos sobre as experiências sexuais mostram, habitualmente, uma diferença notável nos números que dão os homens e as mulheres sobre os parceiros que tiveram.
Nas pesquisas, em geral os homens confessam de duas a quatro vezes mais parceiros sexuais que as mulheres. Uma possível explicação desta divergência é que os homens tendem a exagerar a experiência para beneficiar a sua reputação sexual, e as mulheres optam por diminuir o que dizem porque isso protege a sua imagem.
Mas Brown considera que a maioria dos homens e das mulheres não mente de propósito sobre seu passado sexual, mas fazem a conta de forma diferente:
:
"O método das mulheres baseia-se na enumeração", afirma o psicólogo. Elas "têm a tendência de dizer - certamente que sei" (o número de seus companheiros sexuais).
Por outro lado, os homens têm o "dobro das possibilidades de utilizar apenas uma aproximação para responder à pergunta", acrescentou. "Dizem: vinte, trinta. A aproximação é uma estratégia que produz uma supervalorização".

The Kiss of the Sphinx, 1895
Óleo de Franz Von Stuck
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Published segunda-feira, fevereiro 13, 2006 by Eva Luna. 

Enviei-lhe hoje, por correio azul, uma fotografia com um nu explícito de mim mesma - sem qualquer nota, sem remetente. Apenas um pingo do perfume que o excita. Ele perceberá. Amanhã à tarde vou ser elogiada penetrantemente.
Eva Luna
Foto de Uwe Kempen- Hoje estou muito mal disposta. Encontrei o meu ex-marido.
- Queres que me vá embora?
- Não.
- Parece-me que estás à beira das lágrimas.
- Estou. Sinto-me como se não tivesse cona.
- Ah!
Eva Luna
Fiz esta tatuagem em Ibiza, no Verão de 2002. Estava apaixonada e queria perpetuar o amor.
Agora, sabão não resolve :-(
:
Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava
Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina, salta e te ilumina quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta, morta de cansaço
Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas mas no fundo gostas quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marca a frio, a ferro e fogo
Em carne viva
Corações de mãe, arpões, sereias e serpentes
Que te rabisca o corpo todo
Mas não sentes
Elis Regina cantava este poema de Chico Buarque

Já não aguento as gajas do meu
bureau a falar dos Il Divo.
Pirosas!!!
:Cada país tem os "tops" que merece.
Desta vez, e há várias semanas, é este Esquadrão G tipo
"pote de doce de abóbora".
E andam estas gajas a coçar a rata com estas quatro pimbas aves canoras!!
Antes o Tony Carreira. Pelo menos é produto nacional.

Não fui ver o filme nem irei. Não li o livro nem lerei.
Não sou dessas.
:Contudo, este é o meu desktop actual.
Sempre me senti uma gueisha.
:Sei isso porque quando me apalpam a mama direita, querem apalpar também a esquerda.